Uma vez eu estava conversando com um amigo meu e ele me disse que educação financeira é fácil, que bastava dizer para as pessoas isso: “gaste menos do que ganha!”. Se é tão fácil por que será que mais de 50% dos consumidores dizem possuir dívidas? Segundo a Confederação Nacional do Comércio de bens, serviços e turismo (CNC).
O consumo e o dinheiro estão ligados a emoção, ao comportamento e ao padrão de vida. Diversas pessoas recebem o suficiente para se manter, divertir e poupar. Enquanto outras precisam do dobro do que ganham atualmente para seguir mantendo o que acham importante mostrar, ter e ser.
Com certeza você deve conhecer alguém que se apresenta de forma que não pode bancar, simplesmente para ser socialmente igual ou superior aos amigos.
Atualmente, com as redes sociais, muitas pessoas criam um personagem fictício em seus perfis, não mostram a realidade das suas vidas, exibem seu cotidiano como gostaria que ele fosse, demonstrando somente felicidade e ostentando o melhor da vida.
A sociedade exige que você tenha o melhor, mais caro e mais moderno produto (podemos ver isso com os smartphones, muita gente compra um moderno e mal sabe usar os recursos), e além disso é preciso exibir essa conquista.
Rede social lugar de exibição
Qual é o lugar ideal para ostentar um padrão de vida artificial? As redes sociais. Se você navegar por diversos perfis verá a intenção de mostrar-se superior a realidade. E o pior que essa ostentação toda é prejudicial ao bolso, pois vai ser necessário frequentar os lugares mais caros e badalados, viajar frequentemente etc.
O ser humano é movido por diversas forças, e uma delas é o ego. E ter status é muito legal. Quem não quer ser respeitado, ser referência, ser reconhecido? Todos querem! Eu quero também! O problema é querer viver em função do status.
Usufruir do status depois de conquista-lo com esforço é uma coisa, mas construir um status artificial, através de um padrão de vida insustentável é muito perigoso para as finanças e o futuro.
Muita gente acha que ter dinheiro é igual a status, mas não tem nada haver essa associação. Status é muito mais do que ter dinheiro.
Fuga da realidade
A grande verdade é que, a exposição de um padrão de vida desejado nas redes sociais, representa a fuga da realidade, da vida real e dos seus desafios e problemas diários.
Essa fuga é cruel, tanto para a pessoa quanto para os outros, já que aumenta a necessidade de ostentar, desperta a inveja e infla o ego. As roupas, o carro, a viagem, o smartphone novo que são mostrados nas fotos não refletem, na grande maioria das pessoas, a verdadeira situação do personagem.
O preço da exibição desse padrão de vida fictício é salgado. E muita gente se esconde atrás desse status para não admitir as dificuldades.
Uma sociedade melhor através da educação financeira
Você pode me achar chato depois dessas linhas acima, pode dizer que as redes sociais são para diversão e lazer e eu concordo com isso, mas me preocupo quando vejo gente gastando mais do que ganha para manter um padrão de vida que não pode sustentar só para ostentar nas redes sociais, esse pode não ser o seu caso, mas como eu trabalho com pessoas, eu observo o comportamento delas e vejo muita gente seguindo esse caminha perigoso apenas para exibir na internet.
A educação financeira estimula o consumo consciente e planejado, só através dela (educação financeira) que você irá construir uma relação responsável com suas finanças. Não se trata de dinheiro, mas de escolhas e prioridades de vida que precisam ser descobertas e trabalhadas.
Normalmente, a exibição demonstrada nas redes sociais prejudica o individuo que faz isso, pois ele está negando uma realidade difícil, e isso acaba virando um problema, pois é mais fácil acreditar no mundo encantado online e defender esse mundo, do que viver a realidade fora do monitor.
Esse é um tema delicado de ser abordado, mas eu coloquei a minha opinião, a minha maneira de enxergar o mudo. O que você achou? Compartilhe esse link com seus amigos e comente também.
Quero lembrar que não somos o que publicamos ou compartilhamos nas redes sociais, somos quem somos. As redes sociais são ferramentas que auxiliam na vida profissional e pessoal, não são a porta de entrada para um conto de fadas onde os prazeres são realizados.
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Parabens Prof Alvaro Perciano
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Obrigado!