Segundo uma pesquisa divulgada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), 80% dos brasileiros pretendem usar o 13º nas compras de fim de ano. Mas será que essa é a melhor maneira de usar esse recurso extra no fim do ano?
O melhor destino desse dinheiro seria poupar, para poder realizar objetivos maiores e que trouxessem melhor qualidade de vida. Mas muita gente vai usar esse dinheiro extra para quitar dívidas antigas e fazer novas dívidas no final do ano e entrando no ciclo perigoso do endividamento novamente. E vão passar o ano de 2015 desejando (sonhando) pelo 1/3 de férias, restituição de imposto de renda e o 13º salário. Será que passar todos os anos e o ano todo nesse ciclo é ter qualidade de vida? Qual é a solução?
Antes de continuar quero deixar claro que, não estou julgando ninguém que vive nesse ciclo vicioso do endividamento, afinal de contas cada um desfruta a vida da melhor maneira que achar que deve fazer. Mas se a pessoa escolhe viver no endividamento “eterno”, não deveria reclamar da saúde financeira precária que tem, ou se deseja melhorar a saúde financeira deve adotar novos hábitos saudáveis financeiramente. Afinal de contas, como disse Einstein: “insanidade é querer resultados diferentes e fazer sempre as mesmas coisas!”.
Para as pessoas que desejam ter o ano de 2015 com uma melhor saúde financeira, aqui vão algumas dicas para aproveitar melhor o dinheiro extra do fim de ano:
1 – Se estiver endividado, saber exatamente quanto deve e para quem, dando preferência as dívidas com a maior taxa de juros como, cheque especial, cartão de crédito, agiota. Antes de pagar essas dívidas negocie, consiga um desconto ou melhores condições de pagamento, lembrando que as taxas de juros não devem ultrapassar 2,5%.
2 – Lembre que você não tem obrigação de comprar presentes para todos, você pode simplesmente ligar para as pessoas e desejar boas festas (afinal de contas, em época de whatsapp receber uma ligação é o mesmo que uma declaração de amor).
3 – Todo começo de ano temos despesas maiores com matrícula de escola ou faculdade, compra de material escolar, pagamento de IPTU e IPVA (pagamento a vista sempre tem desconto maiores que qualquer aplicação de curto prazo), então, se você não estiver endividado e não precisou usar o 13º para pagar dívidas, reserve uma parte dele para essas despesas extras.
4 – Se você não tem dívida e também não tem nenhuma reserva financeira, guarde uma parte do seu 13º para situações de emergências. (pois todos passamos por “imprevistos”). Se acontecer um imprevisto e você não tiver uma reserva, tem um risco de se tornar um devedor.
5 – E se você já é um investidor continue a usar o seu 13º para atingir os seus objetivos mais rápidos.
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente. “ Carlos Drummond de Andrade
Seguindo o que diz Drummond, vamos realmente fazer de 2015 um ano diferente, e melhorar a saúde financeira.