Por trás das imagens felizes, de bem-estar e de sucesso que os comerciais apresentam, imagens como essas:
Existe uma lógica assustadora e perversa. Mas vamos voltar no tempo para você entender o porque, Victor Lebow, Economista, em 1955 publica um artigo que daria o início à sociedade de consumo, base do capitalismo e das relações não sustentáveis com o meio. Em resumo o texto diz o seguinte: ” “A nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo nossa forma de vida, que tornemos a compra e uso de bens em rituais, que procuremos a nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego, no consumo. Precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior”.
Como medimos o status social de alguém? Medimos pelo padrão de consumo. Como definir o prestígio de uma pessoa? Pelo padrão de consumo.
É feita uma pressão enorme sobre o individuo pra ele se conformar com as regras de aceitação social, porque se a pessoa sentir que precisa se adequar aos padrões da sociedade, esse individuo vai ter que expressar sua individualidade através das suas roupas, do seu carro, dos lugares que frequenta etc.
Você pode ter ficado revoltado depois de ler essa teoria, esse pequeno trecho, pode achar que Vitor Lebow era uma pessoa maligna, mas ele não era o único que tinha essa teoria, vários economistas tinham essa teoria. E aos poucos esses pensamentos, essa teoria foi se transformando uma regra geral da sociedade de consumo. E essas regras são as quais vários capitalistas, publicitários e economistas planejaram no século XX devido a evolução tecnológica, a chegada dos meios de produção em massa.
O equilíbrio da economia está entre a oferta e a procura por produtos e serviços, e existia um risco que era aumentar demais a produção, devido ao avanço tecnológico (ou seja, aumentar a oferta) e a procura ser pouca por esses produtos/serviços. Por que antigamente, até meados do século XX, o consumo era baseado em NECESSIDADES. E pra evitar uma crise econômica as empresas recorreram a PSICOLOGIA DO CONSUMO.
Então nós mudamos, paramos de comprar somente por necessidades e passamos a comprar por DESEJOS. E isso tudo tem um grande impacto nas nossas vidas atualmente. Vamos ver os exemplos:
Você já ouviu alguém falar, “Fulano tá muito bem de vida! Você viu o carro novo que ele comprou?” ou isso, “João e Maria compraram um apartamento novo, lindo! Eles estão muito bem!”.
É assustadora a quantidade de pessoas que gastam o que não têm para poder mostrar que estão bem. Você deve conhecer essa frase: “status é comprar algo que não queremos, com dinheiro que não temos, para mostrar para pessoas que não gostamos, uma imagem que não somos!”. Essa frase resume os aspectos negativos da sociedade de consumo.
No Brasil o desejo de enriquecer é maior do que em países prósperos, porque em países desenvolvidos os serviços essenciais como saúde, educação, segurança, transporte e saneamento já são ofertados para a população, e no Brasil a ausência desses serviços essenciais faz aumentar o desejo por enriquecer para poder usufruir desses serviços. No Brasil a prosperidade financeira é necessária para ter qualidade de vida.
Nós precisamos entender a psicologia do consumo e superar outros obstáculos para conseguir ter uma prosperidade financeira, e um desses obstáculos é ter educação financeira e aprender a investir bem o nosso dinheiro.
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