O que é independência financeira?
Todo mundo que lê e estuda sobre finanças pessoais, com certeza, já ouviu falar sobre esse termo “independência financeira”, mas qual é o verdadeiro significado dele?
Normalmente ouvimos que conquistar a independência financeira é não depender mais do salário, não ter mais que aguentar aquele chefe chato etc.
Independência financeira não é apenas isso, claro que as pessoas precisam dos seus salários para pagar condomínio, mensalidades, prestações…
Chegar no ponto que não precisa mais depender do trabalho e do salário no final do mês deve ser o sonho da grande maioria das pessoas. Mas esse conceito de independência financeira é muito simples e equivocado, ser realmente independente financeiramente é muito mais do que isso.
O que realmente é independência financeira? Alguns exemplos
Imagine que um jovem recém formado, solteiro, sem filhos e que ainda more com os pais e com um bom salário. Suponha que ele consiga investir uma boa parte dos seus rendimentos e que depois de 3 anos ele tenha acumulado um montante capaz de pagar suas despesas apenas com os juros gerados mensalmente por esses investimentos.
Será que esse jovem atingiu a independência financeira? A resposta é NÃO. Por que não se ele já paga suas despesas apenas com os rendimentos dos seus investimentos? Para entender melhor vamos a outro exemplo.
Agora quero que imagine um casal, por volta de 35 anos e um filho, e com uma vida confortável, e marido e mulher trabalham.
Esse casal, assim como o jovem do exemplo anterior, se preocupa em poupar parte dos seus rendimentos pensando no futuro. Além disso, marido e mulher, já investem parte dos seus ganhos desde que eram solteiros e já possuem rendimentos provenientes dos seus investimentos para viver sem mais depender do salário e do trabalho de ambos.
Vamos dizer que esse casal entre imóveis, ações e outras aplicações obtenha como rendimentos desses investimentos R$ 8.000,00 e que possua despesas mensais de R$ 8.000,00.
Será que essa família é independente financeiramente? Afinal as despesas de uma família são superiores a de um jovem solteiro e que more com os pais. Mas a resposta também é não, essa família também não é independente financeiramente.
Qual a verdadeira independência financeira?
Você pode ter se assustado pela resposta negativa nos dois exemplos. Muita gente acha que ser independente financeiramente é conseguir pagar todas as suas contas e nos dois casos acima isso é perfeitamente possível, então por que a resposta é negativa? Vou fazer 2 questionamentos que ajudarão a responder isso:
- Com relação ao jovem solteiro, será que a sua renda proveniente da suas aplicações será suficiente para bancar uma vida a dois e com filhos no futuro?
- A renda do jovem casal será suficiente para bancar o nascimento de um segundo filho? Ou o aumento das despesas com o plano de saúde conforme eles forem envelhecendo? Ou o aumento das despesas com o filho de acordo com o seu crescimento?
A resposta para essas novas perguntas é não. A verdadeira independência financeira vai além de pagar contas com o dinheiro proveniente dos rendimentos das aplicações financeiras.
Qualquer pessoa que seja independente financeiramente, além de pagar todas as despesas familiares (independente do modelo de família), precisa também que os rendimentos provenientes dos investimentos possam bancar o contínuo investimento mensal, afinal, independência financeira está atrelada ao constante crescimento do patrimônio, e não em gastar todo o dinheiro que acumulou por meio de investimentos pagando apenas despesas mensais até o fim da vida.
Se você quer se tornar independente financeiramente, precisa que os rendimentos gerados pelos seus investimentos sejam capazes de bancar o aumento com a saúde que aumentarão com a chegada da velhice, as despesas com algum imprevisto que ocorra, o aumento da inflação etc.
Conclusão
Como você pode constatar não é fácil atingir a independência financeira, mas seguindo um planejamento financeiro bem montado, dar valor aos juros compostos e começar o quanto antes, pois o tempo vai se tornar o seu aliado.
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Abraço,
Alvaro Perciano